Livro
Numa fração de segundos
Anna Claudia Ramos
Paulinas
2018
126 páginas
Eu gosto de histórias reais ou inspiradas em histórias reais sobre superação, elas me motivam e me fazem... seguir, acreditar... aprender.
Comecei a leitura deste livro sabendo sobre a história, mas fui a cada capítulo me surpreendendo mais e mais.
Gosto muito de como a Anna escreve, sempre me sinto numa mesa tomando um suco com ela a beira da lagoa e conversando...
Neste livro, Andrei de 19 anos, vai ter que recomeçar sua vida, do ponto em que parou.... mas este recomeço vai ser completamente diferente da vida de antes.
Antes?
Antes do acidente de carro em que perdeu mais que a possibilidade de atravessar a rua com suas próprias pernas.
Ficar paraplégico e aprender a se locomover em uma cadeira de rodas vai ser apenas uma das superações...
Como ele mesmo fala de si mesmo, antes do acidente, Andrei era uma pessoa arrogante.
Dias após ter perdido seu melhor amigo no acidente de carro que o tornou paraplégico, Andrei era só revolta... com ele, com os pais, amigos, com todos a sua volta, com a vida e até com o Cristo Redentor que ele via da janela de seu apartamento.
"Por que eu 'Cara'?..."
"Minha vida acabou. Queria ter morrido também".
Andrei passou meses trancado no seu quarto, no escuro sem querer abrir a janela, apesar das inúmeras tentativas dos pais...
Até o dia em que seu pai disse que bastava. E que era para acordar as 7h no dia seguinte, pois ia levá-lo lá na rua até o Clube.
Eles moravam bem em frente ao clube onde, antes, ele remava "só por diversão".
Seu pai falou que eles tinham atletas paralímpicos treinando lá....
E assim se inicia a nova vida de Andrei, com muitas coisas para aprender e superar.
Como acontece com cada um de nós, mas nem sempre reparamos ou damos valor.
O texto é uma delícia de ser lido, li sem parar, do início ao fim, numa tarde, sentada no chão...
Muitas frases incríveis para marcar (adoro!)
"A pergunta não é: por que eu? Mas porque não eu?"
"Você está vivo, meu jovem!"
Recomendo!
Para comprar:
Ps.: Deu saudades do Rio, de quando eu era Guia de Turismo e sempre ia lá, até o Cristo, agradecer...
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